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Este blog foi criado com o objetivo de trocar ideias e informações relativas a manutenção da saúde física e mental, através de informações relacionadas a saúde, o desenvolvimento psicológico e a atribuições educacionais, que sugerem o desenvolvimento das habilidades humanas. As publicações aqui produzidas, são de responsabilidade de profissionais habilitadas e capacitadas, nas áreas da saúde, educação e psicologia clínica. A proposta é portanto, criar um espaço de divulgação, troca e produção de conhecimento, através de postagem relacionadas as diversas áreas do comportamento humano.

sexta-feira, 20 de março de 2015









Papo entre mães:
            _ Minha filha é uma princesa, sempre comportadinha
            _ O filho de fulano é um terror... Não para quieto...
_ Meninas são mais calmas e os meninos são agitados...

Embora os garotos, em geral, se comportem de maneira mais eufórica que as meninas, este conceito não é uma regra e sugere criação de estereótipos, veja por que:
Alguns meninos são naturalmente agitados por serem mais inquietos do que as meninas enquanto outros podem estar ansiosos ou de alguma maneira estejam querendo apenas chamar a atenção, ``devolvendo´´ aos pais  um papel e postura diversificada na hora de  pensar e agir frente a educação destes.
Diversos estudos sugerem que o motivo principal para tais comportamentos em meninos ser a testosterona (hormônio que interfere no comportamento, cujo nível é maior no sexo masculino). Logo alguns pais e mães já pensam:
_ é falta de castigo. Vou proibir o videogame!
A idéia de punições físicas ou verbais como apoio de educação esta descartada neste tema abordado. O diálogo é a principal ferramenta para explicar as regras e quais são os limites. De maneira clara e objetiva explique o que pode ou não fazer quando sair de casa e for a um determinado lugar, que ao estar rodeado de ambos os gêneros todos devem brincar juntos; carrinho não é brinquedo só de menino, que bonecas não são brinquedos só de meninas...


O lúdico tem um processo importantíssimo na aprendizagem. Por meio de um processo de Identificação* com aquilo que está brincando, assistindo ou lendo a criança busca compreender a si mesmo e resolver determinadas situações que podem estar infortunando o fluir de sua vida.
 Se a contemporaneidade infantil vive da realidade moderna, é nosso papel enquanto profissional, pais e educadores oferecer meios para que a criança realize suas projeções no ato de brincar e respostas verbais ao que compreende. Representar personagens, interpretar o papel do papai ou o da mamãe, por exemplo, é construir no ato da brincadeira a própria subjetividade. Relevante para a compreensão do ``eu´´, toda atividade que haja significância para a criança faz parte desse processo. (Winnicot, 1975).

Ok, mas e as armas de brinquedo?


            Mesmo que vocês pais nunca tenham comprado armas de brinquedo, vir seu filho brincando com um parente ou coleguinha da escola com armas, ou perceba que a criança faz desenhos de armas já é motivo para qualquer pai e professor ficarem preocupados. Isso não significa que ele seja ou vá se tornar um adulto violento! É natural e faz parte do seu desenvolvimento, meninos usarem a imaginação ao usar outros objetos para brincar de luta ou combate. O que isso significa? Ele deve estar apenas extravasando a agressividade, talvez esteja somente desenvolvendo a sua forma de aprender e conviver com o certo e o errado. Ótima oportunidade para ensinar sobre as profissões que utilizam desta ferramenta em seu trabalho. (é necessário DAR IMPORTÂNCIA SE HOUVER INTENSIDADE do ``brincar de guerrinha ou de luta´´).

            Fica encargo dos adultos sugerir as crianças possibilidades de escolha viabilizando contextos que beneficiem seus conflitos internos de acordo com a sua capacidade intelectual; na tentativa de orientar a compreensão; simplificar as estratégias necessárias de evitar ocultar o problema situacional do meio em que esta inserida (CORSO, 2006).

Só para lembrar... Crianças quietas de mais, as ditas ``sempre calmo, nunca incomoda´´ merecem mais atenção do que os bagunceiros, é claro que alguns são assim mesmo, mas também podem agir de tal forma por estarem sofrendo com alguma coisa, fique atento nesta observação.






Identificação* é o processo de atributos inconscientes parecidos de uma pessoa assimilados por outra (STENNER,2004).


CORSO, Diana Lichtenstein; CORSO, Mario.Fadas no Divã. Porto Alegre: Artemed 2006.
STENNER, Andréia silva. A Identicação e a Constituição Do Sujeito. Brasília: 2004.

WINNICOTT, D. W. O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro: Imago,1975 

Um comentário:

  1. A fixação de estereótipos limita o universo inteiro de potencialidades que temos como seres humanos. É tão bacana ver as crianças brincando de cidade, com casinha, carro, jogo, tudo misturado. E elas garantem: é bem mais divertido!
    Obrigada pelo link! Também te incluí em meu blogroll.
    Beijos!

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